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Zona de Azar Argentina – Aumento de Apostas Online por Menores: Um Desafio para a Sociedade e o Estado

Argentina. – 16 de Abril de 2024 www.zonadeazar.com [1] O número de menores de idade apostando online tem aumentado exponencialmente desde a pandemia e cresceu durante a Copa do Mundo do Qatar. A tentação de ganhar dinheiro com apenas alguns cliques pode ter efeitos negativos na saúde física e mental de crianças e adolescentes.

O mercado de apostas online tem crescido de forma constante, tanto na Argentina quanto na região. Os usuários podem apostar do conforto de suas casas na variada oferta que as empresas disponibilizam em suas plataformas. Jogos de azar e apostas esportivas estão na vanguarda das preferências dos apostadores. No entanto, esse negócio, que é totalmente regulamentado pelo Estado, enfrenta uma situação que requer intervenção imediata: 80% dos sites de apostas na Argentina são ilegais.

Isso significa que essas plataformas não apenas não seguem protocolos obrigatórios para prevenir a ludopatia, mas também não pagam impostos pela atividade que realizam. Além disso, algo extremamente preocupante é que sites ilegais permitem a entrada de menores de idade, o que é estritamente proibido em sites registrados.

Combater esses negócios ilegais não é fácil, pois não há uma lei nacional em vigor. Cada província tem sua própria regulamentação a esse respeito. Além disso, como são sites virtuais, algumas casas de apostas estão sediadas em outros países e operam sem licença na Argentina. Uma maneira pela qual os apostadores podem garantir que estão entrando em um site legal é verificando se o domínio termina em bet.ar. Dessa forma, os usuários evitarão cair em golpes virtuais, jogar em um ambiente protegido e ter certeza de que receberão seus prêmios.

A proliferação dessas plataformas não registradas é impulsionada por uma forte campanha publicitária que inclui vários influenciadores e TikTokers. Não há nenhuma lei que regulamente aqueles que promovem de forma irresponsável qualquer produto sem considerar as consequências que sua influência pode ter.

Esses influenciadores direcionam os jovens diretamente, pois são os que mais consomem seu conteúdo. O número de menores de idade apostando nesses sites tem aumentado exponencialmente desde a pandemia e cresceu durante a Copa do Mundo. A tentação de ganhar dinheiro com apenas alguns cliques pode ter efeitos negativos na saúde física e mental de crianças e adolescentes que ainda não estão preparados para esse tipo de atividade.

As plataformas legais são praticamente intransponíveis para os menores; o processo de registro no sistema é muito rigoroso nesse sentido. Como primeiro passo, quando o usuário se registra, o sistema imediatamente cruza os dados com o RENAPER para verificar se as informações são reais e correspondem a um adulto.

Após isso, a conta fica em verificação, e a pessoa é solicitada a enviar uma foto da frente e do verso do RG, um segundo obstáculo para os menores. E se, no caso, um jovem tiver roubado o documento de idade de seus pais ou de um adulto, finalmente, para sacar o prêmio e continuar apostando, é solicitada novamente a imagem da identificação nacional e depois uma foto estilo “selfie”, para realizar o reconhecimento facial. Obviamente, em plataformas legais, não pode haver menores sem o consentimento de um adulto.

Os primeiros a alertar sobre essa situação foram os professores, que viram com alarme como os alunos apostavam enquanto estavam na aula. Alguns menores de idade até se tornaram “caixas” de seus próprios colegas de escola. Os caixas são a versão digital dos antigos coletadores de loteria. A tarefa é pegar dinheiro dos apostadores e alocá-lo para sites de apostas em troca de uma comissão.

Os professores começaram a notar mudanças repentinas de humor em seus alunos. Batidas na mesa e explosões de fúria sem motivo aparente em alunos geralmente calmos eram resultado de perder uma quantia significativa de dinheiro em um site ilegal.

A ludopatia infantil é um perigo que como sociedade devemos combater com todas as ferramentas ao nosso alcance. Não apenas cada família deve discutir o assunto e estar informada sobre o risco de um menor se tornar um apostador, mas o Estado também deve fortalecer os controles para que esses tipos de crimes cessem o mais rápido possível.

Fonte [2].

Editou: @MaiaDigital [3] www.zonadeazar.com [1]

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