Zona de Azar Francia – Paris 2024: COI Anuncia Equipe Olímpica de Refugiados

Francia.-  06 de Maio de 2024  www.zonadeazar.com  O Comitê Olímpico Internacional (COI) nomeou os 36 atletas de 11 países, hospedados por 15 Comitês Olímpicos Nacionais (CONs) e que competirão em 12 esportes como membros da Equipe Olímpica de Refugiados para Paris 2024.

O anúncio foi feito pelo presidente do COI, Thomas Bach, durante cerimônia transmitida ao vivo da Casa Olímpica em Lausanne, na Suíça. Ao participar nos Jogos pela terceira vez, a Equipa Olímpica de Refugiados do COI representará os milhões de pessoas que tiveram de fugir dos seus países de origem em todo o mundo.

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De acordo com a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), em setembro de 2023 havia aproximadamente 114 milhões de pessoas deslocadas à força em todo o planeta.
“Recebemos todos de braços abertos. Você enriquece a nossa Comunidade Olímpica e as nossas sociedades. Ao participar nos Jogos Olímpicos, você demonstrará o potencial humano de resiliência e excelência”, disse Bach, dirigindo-se a todos os membros da equipe, que participaram virtualmente da reunião.

“Ao mesmo tempo, irão sensibilizar milhares de milhões de pessoas em todo o mundo para a magnitude da crise dos refugiados. Por isso, encorajo todos a se juntarem a nós na torcida pela Equipe Olímpica de Refugiados do COI.”

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Composição

A composição da equipa foi aprovada pelo conselho executivo do COI e baseou-se em vários critérios, incluindo, em primeiro lugar, o desempenho desportivo de cada atleta e o seu estatuto de refugiado, verificado pelo ACNUR.

Foi também tida em conta uma representação equilibrada do desporto e do género, bem como a distribuição dos países de origem.

O chefe de missão da Equipe Olímpica de Refugiados, Masomah Ali Zada, que competiu pela Equipe Olímpica de Refugiados em Tóquio 2020 e esteve presente durante a cerimônia de hoje, deu as boas-vindas aos atletas.

“Todos vocês tiveram um sonho e hoje o sonho de competir nos Jogos Olímpicos está mais próximo do que nunca. Com todos os desafios que enfrentou, agora você tem a oportunidade de inspirar uma nova geração, representar algo maior do que você e mostrar ao mundo do que os refugiados são capazes”, comentou.

A grande maioria dos selecionados é apoiada pelo COI através do Programa de Bolsas para Atletas Refugiados, financiado pela Solidariedade Olímpica e gerido pela Fundação Olímpica para os Refugiados.

Emblema

Pela primeira vez, a Equipe Olímpica de Refugiados competirá com o seu próprio emblema. O símbolo tem como objetivo transmitir as diferentes histórias e experiências compartilhadas pelos atletas em suas jornadas através de seu desenho de seta que indica um percurso.

No centro do emblema está um coração, que vem do logotipo da Fundação Olímpica para os Refugiados, para representar o pertencimento que a equipe espera inspirar e que atletas e pessoas deslocadas de todo o mundo encontraram através do esporte.

“Este emblema nos une. Estamos todos unidos pela nossa experiência. Embora sejamos todos diferentes, todos percorremos um caminho para chegar onde estamos. Ter o nosso próprio emblema cria um sentimento de pertença e permite-nos representar também a população de mais de 100 milhões de pessoas que partilham esta mesma experiência”, afirmou Ali Zada.

Apoiar

O apoio aos refugiados e às populações deslocadas continua a ser uma prioridade para o COI e faz parte da Agenda Olímpica 2020+5. A Fundação Olímpica para os Refugiados foi criada em 2017 para promover este compromisso.

A fundação opera no lugar de um tradicional Comitê Olímpico Nacional, gerenciando bolsas de estudo para atletas refugiados e a Equipe Olímpica de Refugiados do COI para Paris 2024. Além de apoiar atletas de elite em sua participação nos Jogos, também trabalha para fornecer acesso seguro aos esportes para pessoas afetadas pelo movimento em todo o mundo.

Através de associações ou programas em todo o mundo, a entidade pretende construir um movimento através do qual as pessoas deslocadas possam desfrutar dos benefícios do desporto, onde quer que estejam, e através do qual o desporto possa ser adoptado a todos os níveis como ferramenta de apoio aos refugiados.

Desde a sua criação em 2017, o trabalho da fundação permitiu que quase 400 mil jovens tivessem acesso ao desporto com segurança. Mais de 1.600 treinadores foram treinados para ministrar sessões desportivas seguras e os seus programas apoiaram jovens em 11 países nos cinco continentes.

A equipa, que conta com 36 atletas de 11 países e 12 modalidades desportivas, ganhou pela primeira vez um emblema que representa pertencimento.

Editó @_fonta   www.zonadeazar.com