Brasil Agenda Votação para Dobrar Imposto sobre Casas de Apostas

Brasil.- 26 de novembro de 2025 www.zonadeazar.com  O Senado brasileiro marcou para quarta-feira, 26 de novembro, a votação do projeto de lei que propõe elevar de 12 % para 24 % a alíquota sobre a receita das casas de apostas de quota fixa, além de aumentar a contribuição das fintechs — medida chave para reforçar as receitas públicas.

Introdução:

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal votará nesta quarta-feira um projeto que visa dobrar a taxa tributária para operadoras de apostas de quota fixa, passando de 12 % para 24 %, e elevar a CSLL para fintechs até o teto de 20 %.

Visão geral:

O projeto será analisado pela CAE em caráter terminativo. Se aprovado, seguirá diretamente à Câmara dos Deputados, sem passar pelo plenário do Senado.
As casas de apostas de quota fixa teriam sua alíquota duplicada — de 12 % para 24 %. As fintechs veriam a CSLL subir de 9 % para até 20 %.
A estimativa de arrecadação extra é de aproximadamente R$ 4,98 bilhões em 2026, R$ 6,38 bilhões em 2027 e R$ 6,69 bilhões em 2028.
O presidente da CAE, Renan Calheiros (MDB-AL), busca que a lei seja publicada antes de 31 de dezembro para entrar em vigor em 1° de janeiro de 2026; caso contrário, valerá apenas a partir de 2027.

Detalhes / Contexto:

O governo, via Secretaria de Política Econômica (SPE) e Ministério da Fazenda, informou que não participou diretamente da redação do projeto, embora considere positiva a iniciativa em termos de fortalecimento fiscal; alertou que poderão ser necessários ajustes diante da isenção do IR para rendas até R$ 5.000 mensais.
O setor de apostas enfrenta crescente pressão tributária: trata-se de um marco de mudança no regime tributário para as operações de apostas de quota fixa no Brasil.

Subtemas:

  • Impacto para os operadores de apostas: a duplicação da alíquota pode afetar investimentos, expansão de mercado e estratégia de preços.
  • Fintechs e serviços financeiros associados: o aumento da CSLL até 20 % coloca o ecossistema fintech sob maior vigilância fiscal.
  • Pressão estatal por novas fontes de arrecadação: com a ampliação das isenções de IR, o governo busca no setor de iGaming e fintechs uma alavanca para compensar déficits fiscais.
  • Risco de atraso na vigência da lei: se não for publicada até 31 de dezembro de 2025, a vigência será transferida para 2027, gerando possível “vácuo” orçamentário.
  • Impulso regulatório e de política pública: o debate evidencia que o iGaming se consolidou como ator relevante para as finanças e regulamentação no Brasil.

Perspectiva futura:

Se for aprovada conforme o texto e publicada no prazo, 2026 trará um cenário tributário materialmente alterado para os setores de apostas e fintechs no Brasil — dobrando o imposto sobre apostas e elevando fortemente a CSLL para fintechs de financiamento. Os participantes do mercado devem se preparar para cenários de contração do mercado legal, risco de arbitragem regulatória ou necessidade de reposicionamento estratégico. No contexto latino-americano, o movimento no Brasil pode gerar efeito-estímulo em outros países da região.
Investidores, provedores de plataforma, afiliados e reguladores precisam revisar seus modelos financeiros, compliance e estratégias de entrada/saída no mercado brasileiro.

🔗 Editou: @_fonta www.zonadeazar.com

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