Brasil: Pay4Fun Reforça Combate a Apostas Ilegais

Brasil.- 17 de Junho de 2025 www.zonadeazar.com A crescente preocupação com o mercado ilegal de apostas no Brasil ganhou destaque após a entrega do relatório final da CPI das Bets no Senado Federal. Em meio a esse cenário, Leonardo Baptista, CEO e cofundador da Pay4Fun, empresa autorizada pelo Banco Central, destacou os riscos das plataformas sem licença e apontou os mecanismos mais eficazes no combate a essas atividades.
Sinais de alerta sobre irregularidades no setor
A Pay4Fun, primeira instituição de pagamento regularizada no setor, já encerrou relações com mais de 600 operadoras irregulares. De acordo com Baptista, o principal indicador de ilegalidade é o domínio do site.
Desde janeiro de 2025, somente domínios “.bet.br” possuem autorização para operar no país. Plataformas com terminações “.com” ou outras variantes estão em desacordo com a legislação brasileira.
Além do domínio, há outros sinais de alerta:
Uso de métodos de pagamento proibidos, como cartão de crédito ou criptoativos;
Ausência de verificação de identidade;
Falhas nos sistemas de prevenção à lavagem de dinheiro;
Campanhas de marketing enganosas, que prometem ganhos garantidos.
Para evitar o avanço dessas plataformas, a Pay4Fun adota medidas rigorosas. Segundo Baptista, “os meios de pagamento são os principais pilares do ecossistema regulado”.
A empresa exige documentação completa, validação do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e só autoriza transações com contas do titular. Isso impede movimentações por parte de menores de idade ou indivíduos em listas restritivas.
Outro fator decisivo é o bloqueio financeiro, portanto, o CEO da Pay4fun afirmou: “Eliminar o acesso ao canal financeiro é a maneira mais eficaz de inviabilizar operações irregulares”.
Mesmo que sites consigam driblar bloqueios de URLs, sem acesso ao sistema de pagamentos, a atividade se torna inviável. Mais de 99% das transações ocorrem via Pix, o que reforça a importância desse controle.
Monitoramento da Pay4fun em tempo real
A Pay4Fun também monitora as movimentações em tempo real e possui um processo rígido de análise para novos parceiros, chamado de KYM (Know Your Merchant). O objetivo é garantir que apenas empresas licenciadas pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) sejam integradas à operação.
Na avaliação de Baptista, o Brasil pode seguir o modelo britânico, que investe em integração entre instituições financeiras, operadoras e reguladores. Ele acredita que a cooperação entre empresas e o setor público deve ser fortalecida. Ainda existem desafios como a baixa capacidade de fiscalização da SPA e a falta de integração entre os órgãos responsáveis.
Sobre a regulamentação, o executivo alertou: “A regulamentação já existe, mas precisa ser acompanhada de fiscalização mais ágil e punições efetivas”. Ele também defendeu regras mais firmes contra publicidades enganosas, principalmente as feitas por influenciadores que associam apostas a promessas de lucro fácil.
Atualmente, a Pay4Fun atua em conjunto com o Banco Central, a SPA (Secretaria de Prêmios e Apostas) e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). A empresa envia alertas sobre campanhas ilegais, transações suspeitas e plataformas irregulares, além de colaborar com operadoras licenciadas na troca de informações.
Mesmo diante das dificuldades, Leonardo Baptista vê um cenário promissor. Para ele, o Brasil pode se tornar referência internacional no setor, desde que haja avanços estruturais. Entre os pontos cruciais, ele destacou a regulamentação dos criptoativos e o fortalecimento da SPA com mais autonomia e equipe técnica especializada.
Por fim, a empresa aposta também na educação do consumidor. Baptista afirmou: “O país poderá avançar, inclusive, na discussão sobre a legalização de jogos físicos, como os cassinos, consolidando um ambiente seguro, transparente e sustentável”.
Editó: @_fonta www.zonadeazar.com