Zona de Azar Brasil – O impacto dos Cassinos no Turismo é Tema de Divergência em Debate
Brasil – 13 de maio de 2024 – Na audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quinta-feira (9), os participantes discordaram sobre o impacto da liberalização do jogo no turismo. A discussão foi promovida a pedido dos senadores Carlos Viana (Podemos-MG) e Eduardo Girão (Novo-CE) para examinar um projeto que legaliza cassinos, bingos, Jogo do Bicho e apostas em corridas de cavalos.
O Projeto de Lei (PL) 2.234/2022 da Câmara, sob a relatoria do Senador Irajá (PSD-TO), está sendo avaliado na comissão, com a presidência do Senador Marcos Rogério (PL-RO).
Segundo o que foi relatado pela Agência Senado, o secretário nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimentos do Ministério do Turismo, Carlos Henrique Sobral, afirmou que o Brasil continua recebendo cerca de 6 milhões de visitantes internacionais anualmente, sem crescimento. Ele argumenta que a liberação de cassinos poderia impulsionar o setor de turismo.
“Não ultrapassamos esse número há anos. É um desafio que o Ministério do Turismo tem”, disse Sobral.
O governo federal prevê um aumento de 20% nos atuais 214.000 empregos ligados ao turismo se os jogos forem legalizados, além de um crescimento de 1,2% na participação do turismo no PIB. Atualmente, o setor de turismo representa 8% do PIB, de acordo com Sobral.
O vice-presidente das Operações de Cassino Internacional da Hard Rock International, Alex Pariente, destacou o número significativo de brasileiros que viajam para Las Vegas, nos Estados Unidos, para jogar em cassinos. Ele acredita que essas pessoas poderiam contribuir para a economia brasileira.
“Se pudermos usar todos os tipos de recursos, de maneira muito controlada, para fortalecer as chegadas de turistas, em vez das exportações como existem hoje, acho que é um benefício muito importante. Em Las Vegas, o mercado internacional brasileiro era o terceiro [maior]. Esta exportação de turistas não é insignificante. […] Os EUA têm 1.011 cassinos comerciais, com um impacto econômico de US$328 bilhões”, disse Pariente.
A importância dos brasileiros em busca de cassinos em Las Vegas foi questionada pelos senadores Jorge Seif (PL-SC) e Girão. Girão argumentou que a liberação de cassinos não aumentará o interesse dos estrangeiros, pois o segmento é legal em muitos países.
“Os jogos não ajudarão a atrair turistas estrangeiros. O cara vai acordar na França, onde há [jogo legalizado], um país vizinho [com jogo legalizado] em toda a Europa, e ele vai [pensar] ‘me deu vontade de jogar, quero jogar no Brasil’?”, perguntou o senador.
Segundo o procurador do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), André Estevão Ubaldino Pereira, o crescimento do turismo no Brasil é prejudicado por questões de segurança pública, como homicídios e sua ligação com o tráfico de drogas. Ele argumenta que a aprovação do projeto fortalecerá organizações criminosas e terá um impacto negativo no turismo.
“Temos aproximadamente 40 mil homicídios por ano. Isso é o que impede os turistas estrangeiros de virem para cá, precisamente porque vivemos em um país com sério risco. O tráfico de drogas só sobrevive porque não criamos mecanismos para inibir a lavagem de dinheiro. Esta violência atroz que estamos vivenciando é a consequência de uma atividade criminosa que será exponencialmente incentivada se o jogo for legalizado.”
A audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi realizada nesta quinta-feira (9).
Na audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desta quinta-feira (9), os participantes discordaram sobre o impacto da liberalização do jogo no turismo. A discussão foi promovida a pedido dos senadores Carlos Viana (Podemos-MG) e Eduardo Girão (Novo-CE) para examinar um projeto que legaliza os cassinos, bingos, o Jogo do Bicho e as apostas em corridas de cavalos. O Projeto de Lei da Câmara (PL) 2.234/2022, sob a relatoria do senador Irajá (PSD-TO), está sendo avaliado na comissão, com a presidência do senador Marcos Rogério (PL-RO).
Segundo informado pela Agência Senado, o secretário nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimentos do Ministério do Turismo, Carlos Henrique Sobral, afirmou que o Brasil continua recebendo cerca de 6 milhões de visitantes internacionais anualmente, sem crescimento. Ele argumenta que a liberação dos cassinos poderia impulsionar o setor turístico.
“Há anos não ultrapassamos essa cifra. É um desafio que o Ministério do Turismo tem”, disse Sobral.
O governo federal prevê um aumento de 20% nos 214.000 postos de trabalho atuais ligados ao turismo se o jogo for legalizado, além de um crescimento de 1,2% na participação do turismo no PIB. Atualmente, o setor turístico representa 8% do PIB, segundo Sobral.
O vice-presidente de Operações de Cassino Internacional da Hard Rock International, Alex Pariente, destacou o número significativo de brasileiros que viajam para Las Vegas, nos Estados Unidos, para jogar em cassinos. Ele acredita que essas pessoas poderiam estar contribuindo para a economia brasileira.
“Se pudermos utilizar todos os tipos de recursos, de forma muito controlada, para fortalecer a chegada de turistas, em vez das exportações como existem hoje, acredito que é um benefício muito importante. Em Las Vegas, o mercado internacional brasileiro ficou em terceiro lugar. Essa exportação de turistas não é insignificante. […] Os Estados Unidos têm 1.011 cassinos comerciais, com um impacto econômico de 328 bilhões de dólares”, disse Pariente.
A importância de os brasileiros buscarem cassinos em Las Vegas foi questionada pelos senadores Jorge Seif (PL-SC) e Girão. Girão afirmou que a liberação dos cassinos não aumentará o interesse dos estrangeiros, pois o segmento é legal em muitos países.
“Os jogos não ajudarão a atrair turistas estrangeiros. O sujeito vai acordar na França, onde há jogos [legalizados], um país vizinho [com jogos legalizados] em toda a Europa, e [pensará] ‘deu vontade de jogar, quero jogar no Brasil’?”, perguntou o senador.
Segundo o promotor do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), André Estevão Ubaldino Pereira, o crescimento do turismo no Brasil é prejudicado por questões de segurança pública, como homicídios e sua ligação com o tráfico de drogas. Ele argumenta que a aprovação do projeto de lei fortalecerá as organizações criminosas e terá um impacto negativo no turismo.
“Temos aproximadamente 40 mil homicídios por ano. Isso é o que impede os turistas estrangeiros de virem aqui, precisamente porque vivemos em um país com sérios riscos. O tráfico de drogas só sobrevive porque não criamos mecanismos para inibir a lavagem de dinheiro. Esta violência atroz que estamos vivenciando é consequência de uma atividade criminal que será incentivada exponencialmente se o jogo for legalizado”.
Editó @_fonta www.zonadeazar.com